8/26/2005
Rádio pirata
Um destes dias estava a fazer zapping nas estações de rádio e eis que apanhei uma rádio pirata. Percebi pela interferência e pela má qualidade de um programa humorístico. A piada do dia era que estava confirmado que Mário Soares (esse mesmo) era, de facto, candidato à Presidência da República. Até acharia piada, se não estivesse farta de a ouvir. É sem dúvida um dos boatos mais engraçados dos últimos tempos.
......
É engraçado como é necessário tão pouco para ser feliz, e como a ambição se desvanece com outra ambição bem mais simples.
Também é curioso como o segredo é simples: não pensar nisso.
Também é curioso como o segredo é simples: não pensar nisso.
8/19/2005
Bons e maus indícios
A pessoa, de nome A. é simpática, sorridente, atenciosa. Tem uma voz doce e baixa. Todos gostam de A. quando a conhecem. Não há nada a apontar.
Um grupo de pessoas está numa sala, está calor lá fora mas na sala faz frio. O ar condicionado esteve ligado durante muito tempo. As pessoas espirram, vestem os casacos, uma delas queixa-se de ter asma. A. assistiu a isto tudo. Na sua ausência foi pedido para baixar o ar condicionado, ou mesmo desligar. Todos concordaram, para o bem comum. A. vem da rua, onde faz calor, entra na sala, sente a temperatura por breves instantes. Faz um ar de desagrado, suspira com calor e vai ligar o ar condicionado para uma temperatura ainda mais baixa do que antes e na potência máxima. Satisfeita, enquanto os resistentes vestem os casacos, vai-se sentar e continua a ser simpática.
A pessoa M. não é simpática. Tem um ar sério, não é fácil começar uma conversa com ele. É rigoroso e exigente, não sorri facilmente. Geralmente as pessoas demoram algum tempo a aproximarem-se dele. A mesma sala, as mesmas pessoas, o mesmo dilema do ar condicionado. A pessoa M. que desconhecia esta situação entra na sala. Também vem da rua onde a temperatura chega aos 40 graus. Entra, pede desculpa pela interrupção e pergunta se pode ligar um bocado o ar condicionado ou se alguém tem asma. Há uma pessoa que diz ter, mas que pode ligar um bocado. Ele diz que não é necessário, prefere ter calor e não tem o direito de alterar as condições do grupo.
Há bons e maus indícios que prenunciam personalidades e actos de cada um. Quanto a mim não é a simpatia, o sorriso fácil o valor mais alto, mas os momentos em que mostramos, ou não, respeito pelos outros seres humanos.
Um grupo de pessoas está numa sala, está calor lá fora mas na sala faz frio. O ar condicionado esteve ligado durante muito tempo. As pessoas espirram, vestem os casacos, uma delas queixa-se de ter asma. A. assistiu a isto tudo. Na sua ausência foi pedido para baixar o ar condicionado, ou mesmo desligar. Todos concordaram, para o bem comum. A. vem da rua, onde faz calor, entra na sala, sente a temperatura por breves instantes. Faz um ar de desagrado, suspira com calor e vai ligar o ar condicionado para uma temperatura ainda mais baixa do que antes e na potência máxima. Satisfeita, enquanto os resistentes vestem os casacos, vai-se sentar e continua a ser simpática.
A pessoa M. não é simpática. Tem um ar sério, não é fácil começar uma conversa com ele. É rigoroso e exigente, não sorri facilmente. Geralmente as pessoas demoram algum tempo a aproximarem-se dele. A mesma sala, as mesmas pessoas, o mesmo dilema do ar condicionado. A pessoa M. que desconhecia esta situação entra na sala. Também vem da rua onde a temperatura chega aos 40 graus. Entra, pede desculpa pela interrupção e pergunta se pode ligar um bocado o ar condicionado ou se alguém tem asma. Há uma pessoa que diz ter, mas que pode ligar um bocado. Ele diz que não é necessário, prefere ter calor e não tem o direito de alterar as condições do grupo.
Há bons e maus indícios que prenunciam personalidades e actos de cada um. Quanto a mim não é a simpatia, o sorriso fácil o valor mais alto, mas os momentos em que mostramos, ou não, respeito pelos outros seres humanos.
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