6/22/2008

E é esse povo que vejo nos arraiais. Não naqueles para turista ver. Não naqueles onde três sardinhas custam cinco euros. Não naqueles que estão conforme as regras, mas naqueles onde tudo é dado. Onde as sardinhas e as febras ainda abundam sem asae's por perto, onde se oferecem, e o pão e a broa que já alguém ofereceu. E os negócios pequenos que sobrevivem assim.. os goufres, os bares das associações, os cafés pequenos, as bandas de baile... e onde o povo se reencontra. Muitos passado tanto tempo e tanta coisa e são iguais, todos, outra vez. Esse povo fabuloso, extremo, crente. Esse povo que reza ao santo e quase o protege mais do que ele os protege. Esse povo que se organiza e faz acontecer.. E quando já é de manhã continuam lá... porque de repente nada ainda passou e são todos da mesma idade e nada mudou...E não se cansam. A festa continua. Fé e sardinha e música, daquela que nada vale, daquela que não presta mas é fabulosa, porque todos ouvem e todos dançam. Porque afinal todos retornamos lá, porque um dia morremos e todos sabemos isso. Vamos mas é aproveitar.

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