12/17/2009
A morte segundo Alberto Pimenta
os, 20 anos após ter feito 42, mas
na altura quem diria?
heitor fragoso morreu atropelado.
foi levado para o hospital, mas es
queceram-se duma parte do corpo
no local do acidente.
manuel testa morreu sem se ter c
onseguido habituar a este modo
de mal-estar no mundo.
arnaldo rodrigues caiu a um bur
aco da canalização e nunca mais
foi visto.
jeremias cabral pôs termo à exist
ência por motivos desconhecidos.
zeca gomes morreu em defesa da
pátria mas a pensar noutra coisa.
antónio de oliveira morreu igual
a si mesmo: triste sinal dos te
mpos!
bernardo leite pôs-se a pensar na
morte e não conseguiu voltar a
trás.
ivo gouveia tinha uma agência f
unerária e escolheu para si um
caixão representativo.
guilherme silva fechou-se no sót
ão, para morrer num lugar eleva
do.
luís dimas respirava saúde, agora
respira um hálito de eternidade.
antónio garcia, o coveiro, teve u
ma síncope e caiu dentro da cov
a que estava a abrir.
bento nogueira engasgou-se com
um pedaço de carne e desapare
ceu do nosso convívio.
paiva de jesus enforcou-se.
joão baptista viu o cunhado lev
antar-se do caixão e teve uma sí
ncope.
lourenço pinheiro estava a ver a
trovoada e um relâmpago entrou
lhe por um olho e saiu-lhe pelo
outro.
jorge velez de castro finou-se
após uma longa vida de sacrifí
cios, toda dedicada ao bem-comu
m. e foi assim: depois de ter inge
rido o seu sumo de laranja, foi c
onduzido para a cadeira de rep
ouso pelo enfermeiro de confian
ça. nela se conservou, de boca en
treaberta e olhos fechados, até
às onze horas. às onze horas, o e
nfermeiro de confiança aproxim
ou-se com a intenção de o condu
zir ao banho. pondo delicadamen
te a mão nas costas da cadeira,
disse: são horas do banho, senhor
director. como este não desse si
nal de ter ouvido, o enfermeiro
de confiança, com a costumada jo
vialidade, debruçou-se e repetiu:
são horas do banho, senhor direc
tor. posto isto, empurrou a cadei
ra até ao balneário, passou um br
aço pelos rins outro por baixo d
os joelhos do director, e assim o
levou para a água, só então se da
ndo conta de que ele já não vivia.
zé maria, o peidolas, foi expulso
da vida pela autoridade compet
ente.
joão gaspar foi um nobre e val
oroso homem que morreu heroi
camente no campo da honra. p
az à sua alma.
raul santos deitou-se um dia e p
or mais que o sacudissem nunca
mais se levantou.
alfredo penha caiu tão desastrada
mente da cama que nem é possív
el dar pormenores da sua morte.
joaquim perestrelo morreu no me
io da missa, qual quê! ainda a m
issa não ia a metade!
sousa dias morreu de pé, mas en
terraram-no deitado, como toda a
gente.
12/03/2009
Deep, deep thought
12/01/2009
Medo do Islão
Quem tem a porta aberta fica sempre mais vulnerável. Não me parece que este seja um resultado exclusivo deste país. Os europeus têm medo. E não estão a ser extremistas ou racistas com esta posição. Mais do que um sinal de discriminação religiosa parece-me que os europeus estão a tentar defender a sua liberdade. As duas coisas confundem-se um bocado, é certo. Mas é isso mesmo. No caso da Suiça há também outros sinais de fecho a outros povos como as alterações no processo de pedido de nacionalidade, que se tornou bastante mais difícil. Mas toda a Europa tem medo do Islão e dos seus símbolos. A verdade é que o que nós, ocidentais, absorvemos é que abrir mais a porta ao Islão é abrir caminho ao terrorismo que, esse sim, vem ameaçar todas as nossas liberdades. Mas será que estas posições vão incitar mais ao ódio fundamentalista? E os muçulmanos não radicais, onde ficam no meio disto tudo?
11/14/2009
Onde estava você quando o Muro caiu?
11/05/2009
Portugal, Portugal
10/31/2009
Pensamentos
10/23/2009
All the lonely people
Ah, look at all the lonely people
Eleanor rigby picks up the rice in the church where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window, wearing the face that she keeps in a jar by the door
Who is it for?
All the lonely people
Where do they all come from ?
All the lonely people
Where do they all belong ?
Father mckenzie writing the words of a sermon that no one will hear
No one comes near.
Look at him working. darning his socks in the night when there's nobody there
What does he care?
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
Eleanor rigby died in the church and was buried along with her name
Nobody came
Father mckenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave
No one was saved
All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?
O que é que nos prende às cidades? As pessoas? Os sonhos e ambições? A cidade em si? E sem sonhos e ambições e sem pessoas. Que cidade consegue a vocação de prender alguém sem lhe dar em troca apenas solidão?
10/10/2009
MacGyver
9/26/2009
Curiosidades
Já repararam que para os adolescentes tudo evolui (desde as tecnologias, até à hora de chegar a casa), menos os tratamentos anti-acne, que continuam a Não dar resultado?
9/06/2009
Bússula eleitoral
"Como enriquecer em três passos"
- Controle o seu dinheiro ... pois, bem, os meus avós já faziam isso muito bem e nem sabiam ler...
- Mesmo que ganhe pouco poupe sempre qualquer coisa.. "controle os seus cêntimos, que os euros saberão de si"... É claro que esta gente não faz ideia do que é "ganhar pouco" em Portugal. Isto parece-me ser uma estratégia camuflada do patronato para conter a revolta social causada pelos míseros ordenados que a maior parte paga aos empregados. Não se revolte por ganhar pouco porque mesmo assim, segundo a nossa suprema sabedoria, pode enriquecer. Não me façam rir...
-Evite gastos supérfluos... bom, se comer for considerado um gasto supérfluo...
-Veja aqui a lista de produtos financeiros em que é seguro investir... nesta parte eu remeto para o segundo ponto. Investir o quê, mesmo?
- Saiba como poupar na água, na luz e no gás (nesta secção, havia uma série de dicas, como comprar aquelas lâmpadas caríssimas que duram muito mais tempo, desligar as luzes quando não são precisas (!!!), fechar a torneira enquanto lavamos os dentes, entre outras coisas de educação básica). Mais uma vez posso afirmar que até os meus avós já faziam isso e não precisaram de nenhum livro para lhes ensinar.
O conselho mais honesto que estes livros poderiam dar cabia em uma página (e poupava-se papel):
Passo 1: escreva um livro de auto-ajuda com balelas óbvias que não servem para nada
Passo 2: arranje uma editora que queira enriquecer também em três passos
Passo 3: venda-o a um monte de palermas, por cerca de 15,00 € cada um, que acham que assim vão enriquecer
E pronto, "como enriquecer (o autor, claro) em três passos". Não é a toa que estes livros são de "auto-ajuda" (auto, da parte do autor...)
9/05/2009
Gripe espanhola
8/22/2009
Todos precisamos de paixão. Não, não é de lamechice que estou a falar... é de paixão. De nos sentirmos arrebatadas. Nem tem nada a ver com romantismo. Esse é mais calmo. Tem a ver com emoção. É necessária. Recentemente lembrei-me novamente deste filme, o meu preferido enquanto adolescente (típico...). Para dizer a verdade lembrei-me porque passou esta música na rádio e fez-me lembrar dos longos suspiros a ver esta dança final...E fez-me lembrar do quanto é necessário sentir essa paixão, nem que seja por uma breve dança...
8/09/2009
Férias...
Simplex + novas oportunidades
Cheguei ao balcão do registo civil (não estava ninguém na fila).
Disse que ia renovar o B.I..
Preenchi uma papelada.
Fui medida.
Demorou cerca de dez minutos.
Para ir buscá-lo o processo também foi simples:
Cheguei ao balcão do registo civil (não estava ninguém na fila).
Pedi o B.I. em causa.
A funcionária procurou e entregou-mo.
Demorou cerca de cinco minutos.
Agora lá fui eu, crente no SIMPLEX, acreditando que tudo era mais simples e mais rápido... Mas desta vez a coisa não foi tão simples:
Cheguei às dez da manhã e procurei uma senha para tirar para o objectivo em causa... não havia...
Não percebendo muito bem como é que a coisa se processava, perguntei a uma das vinte pessoas que se acumulavam naquele espaço se ela sabia qual o processo para fazer o Cartão do Cidadão... Lá me foi explicado que era preciso ir muito cedo para a fila...hmm.. fila? mas que fila? não se tira uma senha e pronto? Pois, parece que não... a própria fila é para tirar uma senha... e a senha é para quê? Pois... para se marcar uma hora para durante a tarde desse dia ir lá fazer o cartão... Então lá fiquei à espera de conseguir falar com a pessoa que estava atrás do balcão que me explicou que para esse dia já não havia marcações. Teria que voltar noutro dia...
(nota: parece que antes eles faziam marcações para os dias seguintes. Ia-se lá numa segunda-feira, por exemplo, ficava-se na fila de espera para a senha de espera para fazer a marcação para, tipo, quinta-feira.)
E pronto, duas semanas depois, com mais uma folga ao jeito para fazer isso (ainda bem que tenho folgas durante a semana porque quem não tem gasta dias de férias nisto), lá fui... Consegui marcação para tarde. E pronto... aqui até foi relativamente simples, uma vez conseguida a marcação. Fui chamada e lá fui olhar de frente para a máquina da verdade ... verdade porque ela não se engana na nossa altura (infelizmente para mim), sorri sem mostrar os dentes, olhei para cima como me mandaram e "Thcac" lá fiquei com cara de parva a cerrar os lábios enquanto olhava para cima (não sei se estão a imaginar...).
Mas...... foi preciso ir buscar o cartão.... Tenho que admitir que a carta para o ir buscar até foi rápida. Demorou cerca de uma semana. E lá fui, convicta de que seria rápido... Mas não!
Basicamente parece-me que há aqui um conflito de programas governamentais: com o simplex muita coisa foi informatizada para agilizar as coisas. "Informatizada" significa mais computadores e mais coisas... informáticas, portanto. E com as novas oportunidades muitas pessoas que nunca tinham mexido num computador (literalmente) ficaram com habilitações suficientes para que, estando inscrita no Centro de Emprego e a receber subsídio, o estado as fosse contratar para os serviços públicos quando necessário. O resultado é: mais computadores e mais pessoas que não percebem absolutamente nada de computadores. A consequência deste resultado? Três horas numa fila, que tinha, inicialmente, apenas 10 pessoas à minha frente!
Tentando entender o porquê da demora, aproximei-me para observar o processo e deparei-me com estas situações:
A senhora punha o cartão num ranhura, para que este fosse identificado, e ficava à espera que algo acontecesse... Quando via que nada acontecia movimentava o rato para trás e para a frente e de vez em quando clicava em algumas coisas. Nada acontecia... então tirava o cartão e inseria os números do cartão (em algum sítio, porque eu só a via pressionar os dígitos do teclado). Nada acontecia... finalmente pedia ajuda a alguém. Lá vinha alguém. Numa das vezes a resposta foi: "Isso não dá porque é preciso clicar no CONTINUAR" Senão não aparece o écran onde ENTÃO se põe o número". Depois havia a parte de procurar o CONTINUAR, conseguir colocar a seta do rato em cima do botão e então CLICAR. Isto repetia-se em várias fases do processo! E quando chegou a hora de almoço da funcionária, ela levantou-se, a meio do processo de entregar um cartão e disse: "Desculpe, mas chegou a minha hora de almoço, depois alguma das minhas colegas virá cá acabar de lhe entregar o cartão!". E foi o que nos valeu, ela ir almoçar. A funcionária seguinte, ágil e competente, despachou mais gente... Quando a primeira voltou do almoço, apesar dos protestos de quem lá estava a ver que a coisa ia abrandar outra vez, lá estivemos mais quinze minutos até a senhora perceber qual o programa, todo o conceito de inserir a password, o que é uma password....
E três horas depois lá consegui obter o meu cartão onde estou com cara de parva a olhar para cima!
8/08/2009
Colapso
Que me disse: "Duas imensas pernas de pedra sem tronco
Erguem-se no deserto. Perto delas, sobre a areia,
Jaz, meio enterrado, um rosto despedaçado, cujo olhar severo,
Boca franzida e esgar de frio comando,
Revelam que o escultor decifrou bem as paixões,
Que sobrevivem ainda, gravadas nestas coisas sem vida,
A mão que as arremedou e o coração que as alimentou:
E sobre o pedestal surgem estas palavras:
'O meu nome é Ozymandias, rei dos reis:
Olhai as minhas obras, ó Poderosos, e desesperai!'
Nada para além dele perdura. Em torno da ruína
Desse colossal destroço, ilimitadas e nuas
As ermas e suaves areias estendem-se na distância."
Ozymandias, por Percy Bysshe Shelley
7/26/2009
Agosto
Ouvido de passagem...
-Se o meu namorado fosse como tu, tinha-te dito para ir...
Lol
- Quem é? - responde a bruxa.
- Mau, já está a começar mal..
Sobre os casamentos
Há qualquer coisa de emotivo, profundo e quase fatal nos casamentos. Enquanto adolescente não me emocionava absolutamente nada com casamentos, provavelmente fruto da frequência com que ia... uma média de 3 ou 4 casamentos por ano... Mas desde há algum tempo para cá não consigo deixar de evitar aquela sensação estranha de ser atingida por uma emoção meio indefinida. Foi desde um dos muitos casamentos a que assisti em que chorei pela primeira vez. Vá-se lá saber porquê... Mas não é emoção pela parte romântica, nem por querer casar, é mesmo porque me lembram como é inevitável o tempo passar. Ontem fui a um... e elas lá estavam... a noiva e as amigas, jovens, mais jovens do que eu, muitas casaram no último ano... felizes, recém-casadas no caminho inevitável e fatal da vida a caminhar para também elas serem mães de noivas felizes e jovens.... Ver a minha mãe e tantas da idade dela também juntas, como acontece nestas festas, alegremente a conversar fez-me perceber o quanto há de ancestral nesta coisa dos rituais que passam pela vida... Quase que conseguia vê-las também elas jovens, noivas e felizes, sem sentirem ainda que brevemente também ia ser assim. Gosto de rituais, gosto muito. Acho marcante... gosto que a vida seja assinalada por eles, são marcos. E a noiva a cantar, sem música, com as amigas à volta, os amigos do noivo a brindar a ela, a família, os amigos dos pais, os novos, os velhos, as crianças... a confusão... tudo isto quase parecia um filme que podia ser intemporal, passado mil vezes a preto e branco (só a cor ditaria a diferença) só com a voz da noiva como banda sonora....
7/04/2009
Abertura fácil
Já tentaram (presumo que sim, pelo menos quem usa a marca...) abrir a embalagem deste champô com as mãos molhadas e com espuma? É uma complicação. A bola saída deve ser para facilitar a abertura mas, como é redonda e macia, os dedos escorregam e escorregam. Só com as unhas (já parti uma a tentar). Para quem tem dedos pequenos como eu é ainda mais dfícil. Era só cortar a bola por baixo, na direcção da abertura e pronto, já se abria melhor! Normalmente acabo a bater com a embalagem de champôr num qualquer canto do chuveiro para aquilo se abrir.
6/30/2009
Verão na TV ... que bom, hã
Mais uma vez, como em todos os Verões a televisão dos pobres, aquela dos 4 canais, foi invadida por programas de Verão. Aqueles de apresentadoras de calça branca e top’s coloridos, assistência e convidados de mini-saia e vestidos vaporosos, filmados algures no Litoral português, "na sua terra", como eles dizem, e com muitos cantores pimba, alguns ainda a sacudir o mofo acumulado no Inverno. É engraçado ver, naqueles dias em que faz frio...(sim, porque não é por um programa se chamar Verão total que vai fazer calor, que o Verão não se compadece com locais de filmagem) os convidados e apresentadores cheios de frio, a tentar ter um ar de quem está a curtir muito o sol. Também tem que haver crianças, claro... e foi giro vê-las brincar e dançar na areia.... TODA MOLHADA, porque.. eh eh... choveu! Aliás, num dos canais a apresentadora de um tal Verão Total estava a entrevistar alguém com um chapéu de chuva! Enquanto a outra pessoa cruzava os braços e se tentava aquecer a ela própria...Cómico.
6/28/2009
Medo
E pronto, tenho dito. Sou um bocado extremista nestas coisas. Quando o mal é feito deliberadamente, quando está provado, aí, não há defesa, não há sociedade culpada, há só escolhas.
6/27/2009
Espíritos livres
Thriller
Thriller
It's close to midnight and something evil's lurking in the dark
Under the moonlight, you see a sight that almost stops your heart
You try to scream but terror takes the sound before you make it
You start to freeze as horror looks you right between the eyes
You're paralyzed
'Cause this is thriller, thriller night
And no one's gonna save you from the beast about strike
You know it's thriller, thriller night
You're fighting for your life inside a killer, thriller tonight
You hear the door slam and realize there's nowhere left to run
You feel the cold hand and wonder if you'll ever see the sun
You close your eyes and hope that this is just imagination, girl!
But all the while you hear the creature creeping up behind
You're out of time
'Cause this is thriller, thriller night
There ain't no second chance against the thing with forty eyes, girl
Thriller, thriller night
You're fighting for your life inside a killer, thriller tonight
Night creatures calling, the dead start to walk in their masquerade
There's no escaping the jaws of the alien this time
(They're open wide)
This is the end of your life
They're out to get you, there's demons closing in on every side
They will possess you unless you change that number on your dial
Now is the time for you and I to cuddle close together, yeah
All through the night I'll save you from the terror on the screen
I'll make you see
That this is thriller, thriller night
'Cause I can thrill you more than any ghost would ever dare try
Thriller, thriller night
So let me hold you tight and share a
Killer, diller, chiller, thriller here tonight
'Cause this is thriller, thriller night
Girl, I can thrill you more than any ghost would ever dare try
Thriller, thriller night
So let me hold you tight and share a killer, thriller, ow!
(I'm gonna thrill ya tonight)
Darkness falls across the land
The midnight hour is close at hand
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'alls neighborhood
I'm gonna thrill ya tonight, ooh baby
I'm gonna thrill ya tonight, oh darlin'
Thriller night, baby, ooh!
The foulest stench is in the air
The funk of forty thousand years
And grizzly ghouls from every tomb
Are closing in to seal your doom
And though you fight to stay alive
Your body starts to shiver
For no mere mortal can resist
The evil of the thriller
P.S. É engraçado como já começaram a aparecer aqueles rumores, ainda que timidamente, de que ele não morreu mesmo e é tudo um golpe publicitário. Será que os famosos não morrem? É sempre um golpe publicitário? Se calhar estão todos numa ilha, tipo Lost... agora que o Elvis deve estar mesmo muito velho, vai o M.J. assumir o comando...
As beiras
Há pouco tempo encontrei uma família que veio visitar a Universidade de Coimbra porque o filho estava indeciso entre concorrer para Coimbra ou para o Porto. E dizia o pai: "sabe, menina, só viemos cá por mera curiosidade, porque o que todos sabemos, lá no Alentejo, é que esta universidade já não vale nada, é só um monte de senhores doutores que de tanto olhar para o umbigo se esqueceu que tinha que evoluir..." O rapaz, com média de 19 a querer entrar em Arquitectura acabou por decidir que vai concorrer para o Porto.
6/25/2009
Telemóveis
Porque é que há pessoas que atendem o telemóvel no carro, não baixam o rádio e estão a gritar "Fale mais alto que não estou a conseguir ouvir bem".................. porque não baixar o rádio??
6/20/2009
Rescaldo...
E agora? Já não temos "direito" ao TGV? Sempre achei este cartaz ridículo.. "direito"... por favor. E o meu direito a ter uma lancha rápida no rio Mondego? Bom, se calhar perderam porque foram atrás dos votos daqueles que acham que ter um TGV é um direito deles e que acham que vão andar um dia nesse TGV... com votos desses qualquer um perde. Agora com este adiamento daquilo a que temos direito não podia deixar de apontar aqui...
6/18/2009
A propósito do Destino
6/03/2009
Por estes dias de campanhas II
Pois eu proponho que se proiba também as empresas de falirem e que se proiba as empresas de terem prejuízo e que se proiba...hhmmm... o crime. É proibido mas não faz mal vamos proibir outra vez.
5/28/2009
Por estes dias de campanhas
5/17/2009
Novo blog aqui na lista ao lado
5/16/2009
S.A.R.I.P.
5/03/2009
Maio
Pó dos pinheiros, pó de maio, causa alergias e nostalgias. É este sol que Queima, que planta saudades, acho eu, nem sei bem. Não tenho paciência para isto, mas isto bate forte quando olho para o lado. É uma espécie de nostalgia, é uma espécie de inveja, é uma espécie de passado que lá ficou. É isto que os velhos sentem? Não quero saber de Cortejos nem coisas tais, não tenho paciência para aturar bêbedos. Que incoerência a minha, eu sei mas são incoerentes as almas atormentadas pelo Mundo, como as que vão para Fátima a pé. Comove-me este povo que caminha, deixa-me irritada porque vão no meio da estrada. Tolos, não se ponham em perigo, não me ponham em perigo. (também devia ir, levar-me ao extremo do cansaço para depois descansar). Olha, que giro, vendem-se laranjas de Lamego e de Resende, aqui na nacional ao pé de Pombal, pelo menos é o que diz a placa. Algum carro de apoio aos peregrinos aproveitou a viagem e trouxe as laranjas para vender. Tem que ser, a crise não perdoa, a fé não são laranjas. Todos temos que comer. Almas atormentadas, que vendem laranjas na beira da estrada e andam pelo que acreditam. Comove-me este povo, gosto deste povo. Ás vezes. E do outro, o que bebe até cair para o lado, ao lado de quem quer que seja, que nem só a comida é alimento. Ontem enterrei um pássaro. As “minhas” crianças ajudaram-me. Tiveram pena. Eu também. Era um bebé pássaro. São pequenas as “minhas” crianças, eu não lhes devia ter mostrado o cadáver, acho eu e ensiná-las a enterrá-lo. Rezámos uma oração por ele. Uma já não quis lanchar. Coitada. Percebo. Mas havia crianças no caminho para Fátima, e daqui a um segundo, o mesmo que passou desde que vi o nascer do sol na ponte de Santa Clara naquele dia em que alguém disse para olharmos, porque num instante já não estaríamos lá, estarão elas lá. Por isso não faz mal enterrarem um pássaro. Um dia será ele pó… pó de estrelas. Será? Se calhar só dos pinheiros, pó de Maio, e a nostalgia será delas, que pela primeira vez enterraram um pássaro.
5/02/2009
Mais centros comerciais
N'O Público: "Câmara de Lisboa vai começar a usar água reutilizada para lavar ruas e regar zonas verdes "
4/25/2009
Darwin no Museu da Ciência
Abriu no passado dia 23 de Abril, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra esta exposição. Vale a pena visitar. O Museu encontra-se aberto de Terça a Domingo (excepto 1 de Maio, dia do Trabalhador) entre as 10H00 e as 18H00 (convém ir antes para apreciar com tempo tanto esta como a exposição permanente do Museu). O preço da entrada é de 3 euros, e há descontos para professores, estudantes, cartão jovem e seniores, mediante apresentação de cartão. Se clicar no título é direccionado para o site do Museu onde pode obter mais informações.
4/19/2009
Zé Coveiro
Conta-se que um dia o Zé Coveiro arranjou um ajudante, menos destemido para esse mórbido trabalho que era enterrar os mortos e alvo fácil para as ideias dele. Houve então um funeral na vila que, atrasando-se, chegou ao cemitério já depois do pôr-do-sol! Ora, não podendo os mortos ser enterrados depois do sol havia que guardar a urna no cemitério e tomar conta do defunto até ao dia seguinte, para ser depois enterrado. Ficou o Zé Coveiro, e o ajudante - que ajudante é para isto mesmo - encarregue da tarefa. Durante a noite a fome começou a apertar e diz o Zé Coveiro para o ajudante "Oh pá, há ali em baixo umas laranjas deliciosas. Agora que é noite ninguém nos vê se as formos roubar. Tu ficas aqui a tomar conta do defunto e eu vou lá". Note-se que na altura ainda não havia luz eléctrica. Mas o ajudante não quis tal acordo, se tinha que ficar sozinho com o defunto. Decidiram então que iria o ajudante buscar as laranjas e o Zé Coveiro ficava no cemitério. Enquanto o pobre rapaz lá ia, lembrou-se o Zé de lhe pregar um grande susto. Tirou o defunto do caixão e encostou-o à parede, no sítio onde ele devia estar! Então, deitou-se ele dentro do caixão, deixando uma fresta aberta e esperou... Chega o ajudante com as laranjas e, como mal via os contornos da noite, não dando pela troca, diz ao defunto "Toma Zé, toma uma laranja, são bem boas..." como não obteve resposta, insistiu "então mas não dizes nada, Zé? Agarra a laranja ou não queres?" Vira-se então o Zé Coveiro dentro do caixão, põe uma mão de fora e diz com voz cavernosa "Se ele não quer, quero eu!!" Pobre ajudante, mal conseguiu gritar, deixou cair as laranjas todas pela encosta do cemitério abaixo e desatou a correr até à vila, gago de tal susto! Nunca mais foi ajudante do Zé, o Coveiro.
4/18/2009
Agitação na vila...
4/10/2009
Coimbra é dos espanhóis
4/04/2009
Make up
É muito raro comprar maquilhagem, normalmente uso a que me oferecem. Mas hoje, como mulher adulta que tenho que ser, fui comprar um rímel. Lá vi e revi e pedi opinião profissional... uns enrolam as pestanas para parecerem maiores, outros dão mais volume, para parecerem maiores, outros têm uma aplicação prévia nas pestanas, para parecerem maiores e há ainda os que vibram e separam as pestanas umas das outras (segundo ouvi dizer) para parecerem maiores... Depois de muita ponderação e de experimentar os vários ...escolhi o mais barato.
3/28/2009
Censos
Actualmente, com o surgimento do cartão do cidadão que cruza e junta a informação toda do cidadão de um país a questão da privacidade ressurge. Provavelmente, talvez não em 2011, mas em 2021 o recenseamento já não será feito através do inquérito porta a porta mas pela extracção de informação da máquina burocrática do estado. Tudo o que há para saber sobre nós poderá ser acedido pelo Estado. É isto perigoso? Num país democrático, em princípio não deverá ser porque há algum controlo do poder, mas numa ditadura o perigo é real. Há várias opiniões acerca deste assunto. Por um lado é verdade que mesmo sem censos, caso haja uma ditadura, facilmente o ditador faz um recenseamento da população, rápido e completo para os objectivos que tiver, por isso a questão do perigo nem sequer se coloca. Mas por outro será que o acesso a informação toda poderá facilitar a ascensão de um ditador?
3/27/2009
Dois novos blogs
3/15/2009
Aquário
3/07/2009
Bolas de sabão
Ele vendia gelados no verão e waffles no inverno. Era o herói das crianças, no verão refrescava e no inverno aquecia. Vi-a ali todo o ano, sempre a fazer bolas de sabão, sempre de costas. Parecia linda, com aquele cabelo comprido. Um dia ganhou coragem. Pegou num waffle, encheu-o de chocolate quente e espesso e foi até lá. Passou por entre as famílias e sentou-se ao lado dela. Finalmente ia conhecê-la. Ela olhou para ele e ele para ela e foi então que percebeu.... Ela tinha rapado as sobrancelhas.
2/28/2009
Sobre doutores e engenheiros
Ouvido de passagem:
- Então a menina dra. gisela quer este livro é?
Conversa telefónica:
-Eu quero falar com uma senhora que marcou aqui uma reunião...Edite era o nome dela...
-Ah não sei, não sei. Era a doutora?
-Não sei...só fiquei com o nome...
-Se calhar é a nossa doutora...
-Então mas o nome dessa doutora é Edite?
-Ah, menina, não sei o nome dela...ela quer que a gente a trate por doutora e eu trato. Agora o nome não faço ideia
Num estágio:
A sra da limpeza (que ganhava 600 euros):
- Então a doutora está agora aqui é?
A estagiária (que ganhava 0 euros)
-Pois, mas não me trate por doutora, estou aqui a fazer estágio não remunerado.
-É doutora é, é uma questão de respeito! Então a doutora está a trabalhar de graça, é isso?
2/21/2009
Made in Xangai
2/19/2009
2/15/2009
Crise
Parece que a melhor forma de sobreviver à crise é ... escrever um livro sobre como sobreviver à crise.
2/07/2009
A vida nos carris
1/17/2009
Aviões
Tenho medo de andar de avião. Já andei várias vezes e continuo a ter medo. Aliás, tenho cada vez mais medo, isto com a idade piora. A última vez, em que fiz duas viagens de ida e duas de vinda, por causa da escala, houve problemas em três das viagens, desde o avião avariar nitidamente na descolagem até o andarmos a dar voltas a mais para aterrar. Numa delas entrei em pânico, tal como o senhor musculado e tatuado, com ar de Rambo, que ia à minha frente. Acho que vê-lo tremer de medo me deixou pior ainda. Julgo que isto se deve ao facto de não ter controlo e não conhecer as pessoas que me "conduzem". Não posso controlar a eficiência deles. Nem dos outros. Evito viajar de avião mas sempre pensei que quando voltasse andar tinha-me que me convencer que podia confiar nos pilotos e que mesmo havendo problemas eles resolveriam tudo. Nunca imaginei os pilotos em si, mas agora imagino. Uma das formas de tentar ultrapassar o meu medo é ver situações de acidentes em que há sobreviventes porque me deixa pensar que mesmo nos piores momentos nem tudo está perdido. Pelo menos com o piloto deste avião ao comando. É de facto um herói. Para mim é um herói. E devolveu-me parte da coragem... pelo menos até o comentador da sic para esta notícia, piloto e consultor de segurança aérea ter dito que os pilotos portugueses não praticavam muito a amaragem. Porquê?????