1/31/2010

Baixa de Coimbra

Uma das poucas coisas que gosto em trabalhar ao fim-de-semana é passar na Baixa de Coimbra ao Sábado ou Domingo de manhã. É uma volta que não dispenso, mesmo acabando ser um caminho mais longo... Ao contrário do que acontece durante a semana, ao fim de semana está tudo mais calmo e podemos apreciar os passeios e as pessoas. Gosto principalmente ao Domingo quando parece que toda a gente está noutro sítio a descansar e ali ficaram apenas as pessoas que ninguém quis. Uns quantos velhos a passear, uns quantos sem-abrigo, uns quantos turistas de mochila... Ninguém parece dirigir-se a nenhum sítio em particular, estão simplesmente por lá.

1/27/2010

Gatos...

O meu gato, rafeiro de nascença e habitante das ruas perigosas daqui da aldeia descobriu .........o sofá! E melhor, o sofá virado para a lareira acesa! E pronto...agora é vê-lo todo doido a correr porta adentro, com uma energia que nunca teve, a lançar-se para cima das almofadas para então.... deitar-se e dormir. Ainda bem que há gatos.

1/26/2010

Tudo mal

É incrível como às vezes tudo corre mal. Tudo corre tão mal que a certa altura já deixamos ir, como se nada houvesse mais a perder. Que mês tão longo, este de Janeiro. Eu sabia que não ia ser bom.

1/24/2010

A profissão mais útil

Num breve estudo estatístico (com base numa amostra que consiste em: eu e o meu colega) concluí que o trabalho mais útil a nível de conteúdos aprendidos é: ser talhante! Saber cortar a carne, separar por costeletas, febras, lombo, etc... é complicado. Saber quais as melhores partes para assar, para grelhar ou para cozer é muito útil!

1/23/2010

A Trilogia do Cairo, por Naguib Mahfuz


Já falei aqui desta trilogia quando li o primeiro volume: "Entre Dois Palácios". Agora que já li o segundo "O Palácio do Desejo" e "O Açucareiro" posso afirmar, como de resto, já quase todos os críticos afirmaram, que esta é uma obra genial de Naguib Mahfuz. Ao longo dos três livros é contada a história de uma família do Cairo, desde o início dos anos 20 até final dos anos 30. Ao contar a história desta família, o autor acaba por descrever todo aquele ambiente que se viveu no Egipto durante este período, a presença inglesa, as mudanças políticas, os vários acordos com os ingleses e mesmo a relação com Hitler, inimigo dos seus inimigos. O que acho fantástico nestes livros é que é simplesmente o contar da história de uma família, como todas as famílias, com as coisas boas e más. É uma história simples e magnífica! A forma como ele escreve consegue envolver-nos de tal forma que na verdade nem nos apercebemos desse "ser só isso". Aconselho vivamente, a quem gostar de ler.

1/10/2010

Dubai: Inglesa violada acaba detida por sexo ilegal

O Dubai é um paraíso falso. Como dizia uma brasileira que lá trabalhou "no Dubai tudo é falso, até as palmeiras". Isto seria cómico se não fosse preocupante. Bom, mais turistas sobram para o Algarve...

1/09/2010

Velhos

Gosto de velhos, e não pensem que é uma ofensa chamar velhos, porque não é. Maior parte dos velhos que conheço são pessoas sábias, tolerantes e mais bem educadas do que a maior parte das pessoas com 30 ou 40 anos com quem me cruzo no dia a dia. Claro que há os rezingões, os arrogantes, os que acham que por serem velhos têm direito a pedir para eu me levantar no autocarro para eles se sentarem (eles que são reformados e não fazem nada vs. eu que trabalho muito e estou muito cansada), mas mesmo esses eu gosto de observar. O Miguel Esteves Cardoso tem um texto, em "As minhas aventuras na República Portuguesa" muito elucidativo acerca do que é ser velho. Os velhos podem dizer tudo o que lhes apetece, podem dançar a dança da chuva enquanto tentamos falar com eles, já adquiriram esse direito e com um bocado de sorte são considerados simplesmente doidos. Ele fala de um velho que lhe pôs a língua de fora, e começou a dizer coisas sem sentido, e porquê? Porque pode. Só isso. Maior parte das sociedades e religiões orientais cuida bem dos velhos e dão-lhes muito mais valor. Ser velho é um posto. A nossa sociedade não, limita-se a mimar as crianças além do saudável, enquanto despeja os pais, velhos, num lar. Assisto a cada cena. Um dia destes assisti, com pessoas que conheço de vista, à seguinte situação: entrou no café um casal, de cerca de 30 anos e a filha de 5, acompanhados da avó da menina, com cerca de 55 e a bisavó da menina, já com perto de 90 anos. A menina, coitada, mimada e estúpida que nem uma porta, não queria olhar para a bisavó porque ela era velha e feia. Então os pais pediram à avó da miúda para mandar a velhota ir sentar-se noutra mesa, para não incomodar a menina! A velhota não teve muita hipótese, até porque ou ia ou eles mudavam todos de mesa. Depois da velha se mudar então a menina já pôde comer o seu gelado em paz. Bom o que eu espero é que esta menina e respectivos pais, e avó, quando forem velhos, sejam atirados de um precipício, para não incomodarem os outros, novos, com a visão horrenda que é ver um velho. Isto para dizer que hoje em dia estamos tão concentrados a ganhar dinheiro para encher as nossas crianças de porcarias que na verdade elas não precisam para nada que nos esquecemos deste valor imenso da sociedade: os velhos.