11/15/2007

Recomenda-se...





Em português o título é "A estranha em mim". Ao contrário do que possa sugerir não mete extraterrestres ou serviços secretos a criar serezinhos que ficam com o nosso corpo, nem duplas personalidades complexas. Nada disso. É uma história bastante simples que ganha sobretudo com o que a envolve. Os planos de filmagem, as imagens de Nova Iorque, a banda sonora, as frases do programa de rádio da protagonista e olhar da Jodie Foster, que conta parte da história sozinho. Recomenda-se.

11/03/2007

Portugal...

Algumas frases sobre Portugal ditas num episódio da série "New adventures of Old Christine":

"-Onde é que fica Portugal, mãe?
-Sei lá, ninguém sabe. Os próprios portugueses pensam que vivem em Espanha."

"-Será que em Portugal comem cereais com passas?"

"-Havia uma família portuguesa e até esses escolheram a Jamaica para representar."

"-Mãe, é suposto irmos vestidos de portugueses, como é que é?
-Sei lá, veste qualquer coisa e põe-te ao lado de Espanha, todos vão perceber."

"-Portugal, jóia da Península Ibérica e exportador de cortiça...É tudo o que sei.
- E ainda assim deves ser a maior autoridade mundial no assunto."

Entre outras...a certa altura do episódio a tal mãe referida conhece uma portuguesa com quem até se dá bem... que obviamente é uma empregada doméstica.

I'm back...

9/19/2007

Despedida..

Esta sensação das despedidas. Esta sensação é sempre complicada. Terminou mais uma fase, mais um sítio deixado para trás. Aos meus colegas, a esses que à noite quando chego ainda por lá andam e aos sábados lá estão, e a outros, um obrigada por tornarem esta tarefa bem mais leve. Dessas pessoas, que são das mais inteligentes que conheci, e mais perspicazes e divertidas, vou ter saudades. Em todo o lado aprendemos coisas, aqui aprendi sobretudo o dom da paciência e do auto-controlo. E muitas piadas. Obrigada pelas gargalhadas que foram muitas, pelas fabulosas tardes de sábado fora da lei.. São de facto o melhor que se pode ter. Vou ter muitas saudades das pessoas que conheci. Mas é assim, amanhã já ocuparei este tempo, como sempre ocupamos tudo e sábado cá estarei porque me esqueci do guarda-chuva.

8/28/2007

Jogo

No blog da 100 sentidos encontrei esta sugestão, que também lhe foi feita por alguém e resolvi fazer só por curiosidade.

1.Pegar no livro mais próximo.
2. Abrir na página 161.
3. Procurar a 5ª frase completa.
4. Colocar a frase no blog.
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar o mais próximo).
6. Passar o desafio a cinco pessoas.

Neste caso o livro foi "O Marinheiro de Gibraltar" de Marguerite Duras. A frase foi

"Já nada podia ser como dantes."

Outra nota: enquanto pesquisava uma imagem deste livro deparei-me com o blog O Princípio dos Livros onde podemos encontrar excertos de vários livros que nos dão uma ideia de cada um deles. Alguns dos livros já conhecia, como Impossibilidade e A Rainha de Copas. Outros fiquei a conhecer. Um sítio interessante.

8/25/2007

Onde já nada é....


Gosto imenso de ver sítios completamente abandonados, gosto de ver fotografias de cidades onde já houve vida e agora só há restos do que houve. Como exemplo deixo aqui uma foto de Chernobyl e o link onde podem ver outras fotos, divididas por temas.


Onde já nada é....

8/23/2007

Saber


Sou uma leiga no que respeita a ciência. Deixei de ter qualquer disciplina da área das ciências no 9º ano... há muito tempo atrás. Não tendo bases para aprofundar certos conhecimentos recorro a alguns livros mais simples para aprender algumas coisas que acho interessantes. Um desses livros é o que aparece em cima. Está por ordem alfabética e é um conjunto de conceitos e expressões e até nomes relacionados com ciência e que vão sendo, um a um, explicados de uma forma bastante simples e por vezes recorrendo a desenhos, se necessário.


8/21/2007

World Press Photo


O prémio World Press Photo 2006 da Organização com o mesmo nome foi dado a esta foto tirada pelo fotógrafo Spencer Platt em Beirute, Líbano, num dos bairros destruídos pela guerra. Confesso que, tal como muita gente, quando vi esta foto me pareceu haver uma enorme desigualdade. O contraste entre a destruição à volta do carro, o cinzento à volta da cor que emanava dos protagonistas parecia indicar isso mesmo. Quem sabe turistas ricos a ver a destruição com uma curiosidade mórbida. Foi o descapotável vermelho, foram os óculos de sol e os telemóveis e até o cabelo louro que me influenciaram. Afinal eram habitantes do bairro destruído que voltaram para ver o que tinha ficado. O descapotável era o mini da namorada do condutor. Conseguiram fugir e voltaram. Novas vítimas de guerra. A maravilha do fotojornalismo é o momento único que a máquina apanha e que se destaca, mas toda a foto precisa de uma legenda. Este levou a que as pessoas que se vêem na foto viessem explicar quem eram. Uma fotografia poderosa.



Outras fotos premiadas podem ser vistas aqui.

8/16/2007

Trabalho...outra vez.

No meu trabalho, tanto num como noutro, ouço as coisas mais hilariantes e aprendi que as pessoas fazem e dizem coisas muito...variadas, que é como quem diz, dizem o que lhes vem à cabeça. Fazem também perguntas muito....curiosas, que é como quem diz, completamente disparatadas. Mas hoje ouvi a melhor, hoje fiquei com a chamada "cara de parva" a olhar para uma senhora que, no meio de uma conversa normal sobre a divulgação da ciência, me disse:

"Os dentes são teus?"

Ao que respondi: "Desculpe? Não percebi a pergunta."

A senhora apontou para os meus dentes e repetiu: "Os dentes... são teus?"

Pois é.... vamos lá aos locais de trabalho das pessoas perguntar: desculpe, o olho é seu ou é de vidro?

7/28/2007

Trabalho...

"Porquê ir para a praia e descontrair se posso optar por chatear alguém só porque sim?.. "

7/21/2007

A ambição de Chavez I

Com a aproximação do fim de vida do último genuíno e eficaz líder socialista, eis que o seu sucessor, mais que consentido, surge no horizonte. Hugo Chavez tem a vontade, tem a ideologia, tem as condições e tem o dinheiro. Terá também a agitação que já falta a Fidel e a ambição desmedida de um revolucionário com poder na mão e suporte económico para enfrentar os que lhe fizerem frente. As últimas eleições deram-lhe a passadeira democrática para a ditadura, não tardará a fazer aprovar pelo Parlamento uma lei que acabe com o próprio Parlamento, com o apoio da população (todas as ditaduras começam assim). Se Cuba definha de alguma forma com a sua população analfabeta e sua pobreza extrema (consequências do comunismo), depois do fim das ajudas da União Soviética após a guerra fria, o mesmo não se passa com a Venezuela. É que país muito pobre não é uma ameaça. Cuba tornou-se o mendigo lá da rua. Diferente mas indiferente. Hugo Chavez não quer ser assim. Sonha com estender o socialismo a toda a América Latina, sob a sua liderança e usa a estratégia que já conhecemos: oferecer ajuda económica aos vizinhos para estender a sua influência, e enfrentar o miúdo grande, George Bush. Mas Bush sabe que não pode perder terreno na América Latina. Esta mostra-se como o amigo popular e conveniente que os EUA querem, pelo petróleo, pela potencialidade económica do enorme país que é o Brasil, pelo gás natural da Bolívia. E Bush tenta grangear simpatias disfarçadas sobre viagens e ajuda. Chavez por seu lado estabelece alianças contra ele, tanto dentro da sua área de influência como com outros países como o Irão baseando-se no "inimigo comum" e profere discursos com o objectivo de o ridicularizar. Mas até que ponto conseguirá Chavez levar a cabo o seu projecto socialista sob a égide dos dólares negros da Argentina? Ainda que a sua reserva de petróleo suporte todas as ajudas que dá agora não é inesgotável. E como vai Chavez aplicar um modelo socialista à economia com empresas públicas que não tragam efeitos nefastos para a população? E como irão reagir os vizinhos de Chavez neste jogo de cooperação?

7/20/2007

Recreio...

É só pela frase...

O Estado da Nação

Do pouco tempo em que assisti ao debate notei essencialmente duas coisas: a oposição apostou na crítica à perseguição que tem sido feita pelo governo aos funcionários públicos e militares e José Sócrates apostou em defender-se com a estratégia do "não fui eu". Sim, de facto, ele tem razão, não foi ele, mas foi o governo dele e é sobre as acções do governo dele que, enquanto Primeiro-Ministro, tem que responder com algo mais do que a estratégia do "não fui eu". Especial destaque, neste ponto, para o discurso do deputado Fernando Rosas do Bloco de Esquerda que enumerou os vários factos relacionados com o tema.
Outro destaque foi o programa de apoio à natalidade apresentado por José Sócrates, cuja notícia podemos ver aqui no Público.
Entretanto um qualquer estudo sobre a Segurança Social e o seu estado financeiro aconselha, para ultrapassar o rombo da segurança social, o aumento do IVA para 25%. Claro... já agora porque não expropriarmos todos os habitantes do país e entregar os seus bens e dinheiro à Segurança Social? E já agora, sem contrapartidas, isso sim, é de português. Paralelamente (segundo ouvi no debate) há um estudo da Universidade de Copenhaga que defende a criação de uma taxa de IVA uniforme para todo o espaço europeu situada entre os 5 e os 12 %. Viva o estudo de Copenhaga.

7/13/2007

Ana dos Cabelos Ruivos-Genérico

Ou disto? Sim, estou a ter um ataque de nostalgia.

Tom Sayer

E disto, lembram-se?

Vitinho I

Lembram-se disto???....

Selecção Sub-20

Até para quem não tem qualquer interesse em futebol, como eu, o jogo Chile - Portugal da selecção sub-20, é escandaloso.

O vídeo da parte vergonhosa (para Portugal) do jogo está aqui.

7/12/2007

A ler...



"O Fantasma de Canterville e outras histórias" de Oscar Wilde





Além de "O fantasma de canterville", que adorei, há outros contos famosos como "O Príncipe Feliz" e "O Rouxinol", entre muitos outros. Cada conto deste livro nos transmite uma moral com histórias que nem sempre acabam bem. Relativamente ao fantasma em si, é um conto que alia o cómico ao ideal. Aconselho.

7/10/2007

BUDA



"Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância" Dalai Lama

7/07/2007

Manhãs...

Ainda maior parte dos meus assíduos leitores estão a dormir e já eu tive uma daquelas manhãs. Vim cedo demais para o trabalho... 45 minutos mais cedo!! Foi um erro, devia ter dormido até aquele minuto em que ac0rdamos desvairados, porque entretanto estávamos a sonhar que já nos tínhamos levantado e já estávamos a caminho do emprego. Se, para algumas pessoas acordar em cima da hora significa ter a manhã estragada, para mim vir cedo demais tem o mesmo efeito.
Entretanto fui tentar tomar o pequeno-almoço, mas não tinha comida em casa... pois bem, como é cedo e tal..., pensei eu, vou até à pastelaria e tomar lá o pequeno almoço. Pensei eu e várias pessoas, pois não havia meio de conseguir estacionar. Nada que não se resolvesse. Uma vez que tinha de passar na zona da Praça, iria ao Cartola, ver o que por lá se passa a um sábado de manhã... Mas não havia estacionamento. Depois de duas voltas rendi-me e parei num estacionamento pago, lá fui tirar o ticket e pagar 0.40 €. Fui até ao cartola (devo dizer que a um sábado de manhã afinal não se passa muita coisa...) e dei 2.20 € (440 escudos por um pequeno-almoço...não me posso esquecer de comprar pão) por um galão e uma torrada a pingar manteiga, mergulhada em manteiga. Depois de já estar enjoada, resolvi vir trabalhar e no caminho descobri que afinal o estacionamento ao sábado só é pago.... a partir das 10!!! Olhei para o relógio, eram 9.20. Por momentos pensei em ir bater na porcaria da máquina que não me avisou. Mas ainda me restava a calmaria do sábado de manhã, não ter que andar à procura de estacionamento, deixar o carro mesmo a porta. Isto, se não houvesse casamentos! Claro que com todos os parzinhos que se querem casar por aqui, porque se conheceram em Coimbra, blá, blá.... Eu é que me lixo. Lá tive que dar duas voltas e deixar o carro bastante mais longe do que deixo durante a semana e vir a pé. Agora sim, vou trabalhar e começar o dia...

7/05/2007

Viva a calma...

Acordei tarde, à hora de almoço e fui trabalhar. Estava a almoçar num dos bares da Universidade, entra uma pessoa para se sentar e começa a reclamar porque o espaço entre as mesas era pouco por isso não conseguia estar a vontade (espaço que serviu para toda a gente, com maior volume de corpo do que ela). Não entendia porquê, era inadmissível (que fosse a um restaurante de luxo...). Saí, fui tentar estacionar, havia um estacionamento livre, ia para estacionar, vem uma senhora em sentido contrário à pressa tapar-me o estacionamento. Mandou-me avançar para poder estacionar, expliquei-lhe que era um sentido proibido. Ignorou a questão e roubou-me o estacionamento, a mim, que fui dar uma volta enorme para não infringir a lei. (nome feio começado por c e acabado em a). Depois então começou a enxaqueca, pudera!..

7/03/2007

Depressão...

Hoje é daqueles dias em que me sinto triste. Só isso. Profundamente. É daqueles dias em que preciso de um abraço. Em que tenho saudades de qualquer coisa que nunca aconteceu. Um qualquer momento que não sei o que é. Uma qualquer forma de vida. Só triste. Decepcionada com qualquer coisa, aliás, com tantas coisas. Triste por qualquer coisa, com qualquer névoa a pairar. E a precisar de um abraço

6/30/2007

Coitado do Jim Morrison

Vamos fazer uma petição contra coisas destas. Ou vamos exportar este senhor...

AINDA...



A única justificação que vejo para este programa continuar no ar é terem-se esquecido deles. Presos na eternidade, dentro do cubo infernal da péssima televisão.

6/29/2007

Reclamações...

Pois é, "reclamações" é uma parte do meu trabalho. E detesto-as. Tenho uma boa teoria sobre como os portugueses de repente descobriram que têm direitos e que podem reclamar, logo fazem-no, e, à boa maneira portuguesa, muitas vezes exageram. E vão sempre escrever uma carta a alguém. Curiosamente, neste mundo de berros e insultos, às vezes encontramos pessoas com muita razão e... extremamente calmas e educadas. A esses agradeço a pausa...

Mas o que eu queria mesmo era dizer-vos algumas frases que se repetem dia após dia por vários clientes e que são sempre iguais e que, sinceramente, de tanto serem repetidas já não dizem nada. Aqui estão:

"...pois olhe que eu vou levar isto às mais altas instâncias!!" (esta é das mais ditas, curiosamente já a ouvi em muitos sítios diferentes. As três últimas pessoas que disseram isto porque não concordavam com algo que não as prejudicava em nada...Para vos dar um exemplo, seria como eu ir à Gucci perguntar o preço de algo e depois começar a berrar que era muito caro, que a situação não ia ficar assim e que ia levar isto às mais altas instâncias.)

"... isto vai para os jornais, ouviu? E até para a televisão..." ( a outra versão é: "vou chamar a TVI")

"porque você vai ser despedido se isto não se resolver..." (claro que vou, eu e todos nós... e morrer também... um dia.)

"vocês são todos uns incompetentes" (esta até eu já disse numa Câmara Municipal)

"...hão-de ter muitos clientes assim..."

"...Eu exigo agora..."

"Vocês não sabem com quem é que se meteram"

"Isto não vai ficar assim..."

Pois é, blá, blá, blá, amigos reclamantes. Isto não surte efeito. Simplesmente as pessoas abusaram e desgastaram estas frases, não servem. Se é daqueles que as dizem com um ar ameaçador vá fazê-lo em frente ao espelho e veja lá o que acha... Quando me lembrar de mais, partilharei convosco.

6/28/2007

Eles andam aí....



"O assessor reconheceu que não foi Maria Celeste Cardoso quem colocou ou mandar colocar o cartaz de que o ministro não gostou. " in Publico



"A directora do centro de saúde foi exonerada pelo ministro Correia de Campos, sob proposta da Sub-região de Saúde de Braga, por não ter retirado das instalações do centro um cartaz contendo declarações do ministro Correia de Campos "em termos jocosos"". in Publico




"o Expresso Online revelou que "José Sócrates apresentou uma queixa-crime contra o blogger António Balbino Caldeira devido ao conjunto de textos que este professor de Alcobaça escreveu" sobre o Dossier (utilização do título de engenheiro e percurso académico do primeiro-ministro)." in DoPortugalProfundo



"O director de serviços dos Recursos Humanos da

Direcção Regional de Educação do Norte (DREN)

foi afastado por alegadamente ter feito uma

afirmação "insultuosa" sobre a licenciatura

do primeiro-ministro, durante o horário de expediente.

Fernando Charrua só admite ter dito um comentário"jocoso". in Jornal de Notícias


"Escreveu um e-mail ao Governo, denunciando

o que considera ser uma dívida fiscal de uma empresa.

As perguntas que enviou ao cuidado do Ministério

das Finanças acabaram na mão da administradora

da firma para a qual trabalhava." in Portugal Diário



"Foi por SMS, davam-me conta de que estaria acontecer uma coisa grave, 48 horas antes de abrir o inquérito. Foi numa sexta-feira. Na segunda-feira tinha a participação escrita do facto." Margarida Moreira (directora Regional de Educação do Norte) acerca do caso do professor Fernando Charrua

6/27/2007

Efeito zen...

Nada com um bom fim-de-semana envolvida numa festa de São João da minha aldeia para acabar com qualquer stress ou tensão... Cansada mas feliz... Sabe bem, melhor que qualquer massagem...

6/21/2007

Mais ricos e mais infelizes?

O consumo de anti-depressivos aumentou, em Portugal, 68% e o número de suicídios 6%, desde 2001. Esta situação verifica-se paralelamente ao melhoramento dos índices de bem estar.

Este foi o tema do Fórum da Antena 1 da passada Terça-feira. Excluindo desde já a questão das razões pessoais que provocam qualquer uma destas situações, o que interessou abordar neste fórum foi a existência de condições ambientais, na nossa sociedade que se reflectem neste aumento.

Se, supostamente, temos vidas mais confortáveis, mais fáceis porque é que estamos mais deprimidos e nos suicidamos mais?
Antes de mais há que notar que hoje há mais consciência da depressão enquanto doença. Há mais pessoas a recorrer a médicos, seja ao médico de família, seja a psiquiatras, para tratar estados depressivos. Havendo uma tendência para receitar anti-depressivos em detrimento de outras terapias, há aumento deste consumo. Mas isto é apenas um pequeno factor.

Além deste há a questão da sociedade. Temos outros níveis de bem estar, mas a que preço? E que tipo de bem-estar? A sociedade é obviamente competitiva e cada vez mais individualizada, logo também estamos cada vez mais sós, principalmente aqueles que não conseguem, ou não precisam de se integrar neste ritmo de sociedade. São os nossos fracos da sociedade. São, por exemplo, os idosos... O fim do conceito de família enquanto comunidade com relações além-núcleo e dependência entre membros leva a um abandono que a nossa sociedade está pronta a absorver, através de lares, creches, ateliês de tempos livres e toda uma oferta de sítios onde podemos colocar os excedentários. Porque não podemos tratar deles, porque temos que trabalhar para podermos adquirir coisas que vão aumentar o nosso índice de bem-estar. E aumenta o bem estar material. E o nosso idoso morre de solidão algures. O sentimento de pertença a uma comunidade é um factor anti-depressão. Deixando de haver esse sentimento e esse apoio é mais difícil ultrapassar os problemas como desemprego, morte de familiares, entre outros...

Não esquecer também que os índices de bem estar aumentaram (hoje temos todos telemóveis, televisão, boas casas, aquecimento, carro, etc...), em grande parte graças a facilidade de crédito que hoje existe. Há um endividamento quase inconsciente porque tudo pode ser pago a prestações e o bem-estar material começa a parecer frágil quando as dívidas começam a ser muitas. Por vezes, este sobre-endividamento leva ao suicído...

Há, ainda, dentro deste cenário a falta absoluta de confiança nas instituições. Na justiça, na saúde, nos políticos... há a desprotecção dos que não conseguiram singrar na sociedade moderna e que não tendo esse sucesso material se vêm desprovidos de outro apoio.

Resumindo, os índices de bem estar são relativos e, ao contrário do que possa parecer, ou seja ser contraditório este melhoramento paralelo ao aumento das pessoas deprimidas, não o é. O bem estar é material, e para o alcançar, tivemos que prescindir de outras bases, que essas, sim, nos suportavam, fracos ou fortes.

Nota: um dos ouvintes do fórum fez um comentário com o qual concordei inteiramente. Que a religião é essencial na prevenção destas situações. A fé é uma terapia. E a pertença a uma comunidade religiosa é um factor de combate à solidão.

6/15/2007

Culturall Esplanada

"Culturall Esplanada" em Pombal

Eis que a Praça Marquês de Pombal, mais conhecida por Praça dos Cereais, devido a feira dos cereais que ali se realizava todas as Segundas e Quintas, ressuscita!! Depois de algum tempo em obras para restaurar esta zona da cidade e construir o parque de estacionamento subterrâneo esta zona já merecia uma vida nova. Na minha opinião é das partes mais bonitas de Pombal, não só pela antiguidade, mas também pelo espaço em si e por ser essencialmente pedonal. A rua Miguel Bombarda, que vai desde a praça até à linha do comboio já foi a zona principal de comércio. A feira fazia-se junto ao rio, depois de atravessar a linha do comboio e a feira dos cereais em frente à igreja fazendo daquela rua uma passagem obrigatória para comerciantes e compradores. Infelizmente a zona foi-se degradando e foi ficando abandonada com a abertura do shopping, com a concentração do comércio nessa zona da cidade e mais tarde com a abertura do novo espaço do intermarché. Também a mudança da feira para outro local fora do centro da cidade contribuiu para tirar grande parte da circulação de pessoas desta zona. Agora a zona está novamente aberta aos habitantes da cidade com uma mais valia: uma esplanada que ficará aberta à noite, no espaço em frente à Igreja Matriz. O espaço está bonito, a iluminação muito agradável e com certeza será um local muito bem rentabilizado pelas pessoas responsáveis, isto é, o Rancho Típico de Pombal. A esplanada é apoiada pelo bar situado no pátio interior do Celeiro do Marquês, já aberto desde a passada sexta-feira, e vai ser inaugurada este sábado com a actuação dos Melech Mechaya.
Espero que esta zona continue a merecer a atenção da Câmara Municipal pois há bastante para aproveitar, com espaços culturais mas também com uma recuperação a nível comercial (mas isso será assunto para outro post..) ...

6/08/2007

Cruzamentos

Estava quente, ainda bem que não vestira casaco. Também devia estar quente para o velhote sentado no muro do mini-mercado, de camisa de manga curta, às riscas, calças de tecido, cinzentas. Os joelhos ficavam à altura do peito, apoiados nos joelhos tinha os cotovelos...Numa mão segurava, preguiçosamente, um cigarro que ia fumando como quem se obriga a respirar. Noutra mão segurava um saco de plástico de supermercado. O que teria lá dentro? Alguma coisa que comprou. Olhou de soslaio, manteve o ar decidido de quem se dirigia a algum lado. Tinha a certeza que o velho olhava para ela. Continuou, consciente do efeito que devia provocar. Pena que não se dirigisse a lado nenhum e de nada lhe valesse o vestido novo. Por momentos quase se esqueceu de que não era o velho o abandonado e ela a rapariga decidida cuja vida esperava nalgum sítio. Por momentos quase se esqueceu que não tinha ninguém com quem ir ter. E teve inveja do velho que estaria à espera de alguém, que tinha um objectivo, que tinha um saco e um cigarro. Pelo menos ele teria alguém. E esse alguém estaria para chegar pela forma como quase se levantou quando passou um carro. Afinal não era. Voltou a sentar-se e a olhar para o prédio do outro lado da rua...

A rapariga da janela olhava para o fundo da rua, também devia estar com calor, senão não viria à janela... estava com uma camisola velha de trazer por casa e parecia ter vindo aproveitar o momento de pausa. Com certeza estava a estudar, era a época em que havia exames na Universidade. Desejava ter também alguma coisa para fazer, em vez de estar ali sentado com um saco ridículo na mão... e logo um saco do supermercado. Lá dentro só mesmo a carteira, vazia! A rapariga olhou para ele mas não se deteve. Devia estar preocupada, quem lhe dera ter também preocupações. Fumou pacientemente o cigarro enquanto fingia um gesto para se levantar como se aguardasse alguém e o alguém estivesse para chegar. Que inveja da rapariga da janela. Tinha algo que a esperava em vez de estar jogada para o nada, como ele. Tinha um objectivo... o dele era só estar ali. Ouviu passos de salto alto no passeio, passos que se aproximavam...

Já tinha saudades de estar à janela a olhar para a rua. Não tinha falta de tempo... esse agora tinha de sobra, desde que desistira de estudar... Olhou para o fundo da rua e viu a rapariga com um vestido lindo... quem lhe dera ter dinheiro para comprar também um. E os sapatos de salto alto, a embalar a rua com o ritmo dos passos. Com o vestido compraria aquela postura, aquela pose, aquela cabeça levantada e andar decidido. É isso havia de arranjar um vestido, com ele viria uma vida. Teria sítios onde ir, pessoas com quem ir ter, como a rapariga que andava no passeio. Talvez até encontrasse os velhos amigos, talvez até arranjasse um novo sonho de vida, um novo projecto. Sim, seria como a rapariga do vestido. Mas por enquanto não era, e invejava-a...

Novo Visual

Finalmente ganhei coragem e mudei o visual deste blog... Digam-me o que acham... eu prefiro assim, mais claro. Apesar de já não ser totalmente da cor da casa que lhe deu o nome. No processo de mudança aconteceram várias coisas, como ficar com a página toda negra...

6/01/2007

António Aniceto Monteiro




"António Aniceto Monteiro (1907-1980) foi um dos maiores matemáticos portugueses – e ao mesmo tempo, um dos menos conhecidos por cá. Forçado ao exílio pelo regime salazarista, viveu quase toda sua vida profissional no Brasil e na Argentina, contribuindo de forma extraordinária para o desenvolvimento da matemática naqueles países. Faria amanhã 100 anos.
Em Fevereiro de 1945, aos quase 38 anos de idade, António Aniceto Monteiro embarca em Lisboa com destino ao Rio de Janeiro – e ao exílio que marcará o resto da sua vida. No Brasil, espera-o um cargo de professor na Faculdade Nacional de Filosofia, para o qual este ainda jovem mas já destacado matemático – nascido em Angola, licenciado da Faculdade de Ciências de Lisboa e doutorado da Sorbonne – foi recomendado por nada mais nem nada menos do que Albert Einstein, John von Neumann e Guido Beck.
Monteiro abandona Portugal porque a entrada na carreira científica lhe foi vedada pelo regime de Salazar devido às suas convicções políticas. Desde 1938, de facto, tem estado a trabalhar sem ser remunerado por aquilo que faz. Em 1943, escreveu no seu currículo: “durante o período de 1938-43, todas as minhas funções docentes e de investigação foram desempenhadas sem remuneração; ganhei a vida dando lições particulares e trabalhando num Serviço de Inventariação de Bibliografia Científica existente em Portugal”.Monteiro abandona Portugal porque a entrada na carreira científica lhe foi vedada pelo regime de Salazar devido às suas convicções políticas. Desde 1938, de facto, tem estado a trabalhar sem ser remunerado por aquilo que faz. Em 1943, escreveu no seu currículo: “durante o período de 1938-43, todas as minhas funções docentes e de investigação foram desempenhadas sem remuneração; ganhei a vida dando lições particulares e trabalhando num Serviço de Inventariação de Bibliografia Científica existente em Portugal”.

DIA DA CRIANÇA II







ADORO DESENHOS ANIMADOS....


Na 2: .. de manhã e à tarde...








DIA DA CRIANÇA I


Aí está um dia que gosto, talvez porque me sinta ainda criança ou então porque me faz lembrar cor, risos...

Mas também me faz lembrar que temos que proteger as crianças, não só do mal mas da própria protecção. Temos que as proteger de terem tudo, temos que as proteger de acharem que conseguem sempre tudo o que querem à força de birras e chantagens, temos que as proteger do consumismo desenfreado que agora nos leva a nós a falência e no futuro as levará a elas. Temos que as proteger de crescerem a pensar que todos estamos lá para as servir. Temos que lhes mostrar que são, sim o mais belo que há no mundo, mas que têm que partilhar isso com todas as crianças do mundo.

5/29/2007

Antes isso...

Em vez de pegar numa arma e começar aos tiros aos colegas:



Adolescente condenado por colocar sêmen em tempero de salada.....


vejam o link da notícia... carregando no título.

5/20/2007

Dívida externa

Este discurso é de facto uma das reflexões mais lúcidas sobre o problema da dívida externa. Feito por este embaixador, indígena, do México em Madrid...

DISCURSO DO EMBAIXADOR GUAICAÍPURO CUATEMOC

Eis o discurso:

"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.

Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! Teria sido espoliação?
Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas
indenização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.

Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.

Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar:
- Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas
líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos
de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?

Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos
capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam
entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a Verdadeira Dívida Externa.
Agora resta que algum Governo Latino-Americano tenha a dignidade e coragem suficiente para impor seus direitos perante os Tribunais Internacionais. Os europeus teriam que pagar por toda a espoliação que aplicaram aos povos que aqui habitavam, com juros civilizados.


Publicado no Jornal do Comércio - Recife/PE.

5/19/2007

Violência de colegas obriga criança com cancro a deixar a escola

Carreguem no título para ver esta notícia no Público. Deixou-me impressionada. Não sei bem de quem é a culpa. Dos pais? Dos miúdos, que são mauzinhos por natureza? Da sociedade que ajuda a formar miúdos arrogantes e cruéis? Não sei...

5/18/2007

a DOR aperta .. é tanta..

percebo porque é que o stress é físico, porque preciso de parar e não me deixam

porque me estão a irritar e eu a querer responder mas não posso...

porque estou na base

e a DOR continua... porque é que não percebem que eu não aguento esta dor??!!.... É tão forte...

Não consigo, por hoje chega. Ou devia chegar, mas não posso porque me esperam e porque há obrigações. E há rotina e há trabalho porque há que receber

Mas dói tanto... a cabeça a pedir para parar. Fazem perguntas. parem.
agora está a apertar a cabeça e a dor quase que descansa porque só há aperto.

Queria IR embora. não posso. porque é que haveria de ir. A base não presta. Estar na base é uma porcaria para quem sofre de enxaquecas.

Agora já posso ir embora. Tenho outro horário para cumprir mas já passou a hora. O atraso é cada vez maior. Tenho que recompensar.

A música da Rita Lee, onde fui eu buscar isto? A tocar na minha cabeça... e não posso pôr mais baixo, está a piorar a dor...como era? "Nós os malucos..." qualquer coisa assim

Tenho que correr...onde está a chave do carro??? Meu deus onde está a chave??

Ah, está aqui...correr para o carro. Esqueci-me do casaco. Volto atrás. Ah já sei! "Vamos lutar.. hhmm.. Nós, os malucos, vamos lutarPra nesse estado continuarNunca sensatos nem condizentes" É assim e há a parte em que ela grita. Gritar seria bom.. ah gritar

e correr... "Quando a solução se encontra, um maluco é do contra"..

porque é que me lembrei desta música agora?

E a dor.. parem de falar... dói mais.. não passa... dói ainda mais.

E a música da rita lee.. "Mas todo mundo que é genialNunca é descrito como normal"

Dia 19 de Maio

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra vai abrir as suas portas até à meia-noite...

A partir das 18 horas a entrada será gratuita e haverá, à noite observações astronómicas no espaço exterior do museu. Esperemos que o tempo o permita.

Venham ver o museu à noite e participar nas nossas actividades.

Vejam o programa em:

www.museudaciencia.pt

5/16/2007

America...

Vejam esta notícia...

Bebé de dez meses obtém licença de porte de arma nos Estados Unidos

De facto há um problema mental no país. Ou então eles deverão estar certos e é muito mais perigoso aparecer um seio da Janet Jackson na televisão (as consequências poderiam ser terríveis e levar, inclusivé, alguns americanos a tentarem a destruição do mundo) do que a liberdade com que se adquirem e usam armas.

5/15/2007

Vingança


Ora aí está a vingança que sobra...


Seguros

Liguei para a Allianz para saber o que fazer e lá fui atendida por uma voz quase simpática... até que eu fiz uma pergunta: "tenho que entregar a declaração no sítio onde fiz o seguro?"... resposta irónica do outro lado: "onde fez o seguro é concerteza um mediador, não acha?". Quase tive que pedir desculpa por não saber nada de seguros. É que não estou habituada a bater, sabe...

E lá fui eu à Allianz a Leiria entregar a minha declaração amigável (de culpada) na minha seguradora. Dirigi-me ao balcão de entrada (lado direito) e informaram-me que deveria ir ter com o senhor da secretária que estava no lado esquerdo. Eu e o meu pai aproximámo-nos, dissemos "Bom dia" e não obtivémos qualquer resposta do ser de camisola verde da Rully's, alto e magro, que estava sentado... esperámos uns instantes até que ele, com o ar mais enfadonho do mundo disse: "SIIIMMMM?????" (sabem aquele sim de funcionário público que não está ali para ser incomodado...), o meu pai explicou a situação perante o ar enfadado do senhor que, entretanto lhe arrancou, literalmente, a declaração das mãos e se foi embora. Para trás ficou a boa educação, a simpatia para com os clientes e nós, plantados, em pé (claro que apesar de haver cadeiras só devemos ter direito a elas se formos fazer um seguro, dar-lhes dinheiro e não reclamar os nossos direitos...). Esperámos e o Mr. Simpatia lá voltou e entregou uma cópia da declaração, disse para ligarmos para o call center e virou-nos as costas. Ora aí está um especialista em relações públicas. Depois aconteceu o inevitável... eu fiz perguntas.... foi o caos. O senhor olhou com aquele ar de "como ousa, seu verme reles, falar para mim e pedir-me para me esforçar e responder as suas perguntas inúteis?".... e pronto, às perguntas que se seguiram ele deu uma de duas respostas: "ligue para este número" ou "não leu o seu contrato?"... Basicamente recusou-se a esclarecer-me e eu a julgar que estavamos na nossa seguradora e a julgar que seria o melhor sítio para ser esclarecida. Provavelmente estava na pastelaria e nem me apercebi... Lá vim embora porque o meu pai, pessoa calma e sensata me puxou, desejando um bom dia e bom trabalho ao senhor. Claro que o senhor não lhe respondeu... É assim o atendimento na Allianz de Leiria...


E estava eu a praguejar contra as seguradoras quando o meu colega do lado diz: "Aqui há uns tempos tive um acidente e quando fui a seguradora eles foram tão antipáticos que tive que pedir à pessoa para não falar comigo naquele tom... não sei se conhecem.. foi na Allianz..."

Cada vez mais acho que as seguradoras são filiais do Inferno na Terra.... com pequenos satanazezinhos antipáticos de camisola verde aos balcões....

5/10/2007

acidentes

Um segundo a olhar para o lado contrário para entrar na estrada. Um segundo em que se pensa que se o carro da frente arrancou concerteza vai continuar a andar. E depois não continua ou está a andar mais devagar do que eu pensava, eu que não tinha que pensar nada, tinha era que parar... e pronto... lá vai pára-choques, tampa do capô, óptica, etc... E a declaração de culpada. E o meu carro magoado. Antes ele do que eu ou as pessoas do carro da frente. Nem senti a pancada. É a vantagem destes carros... dizem q estão preparados para se deformarem mais para absorverem a energia do impacto e assim evitar que esta chegue aos ocupantes... Não sei, não percebo nada disso. E para quem está habituada a lidar com pessoas arrogantes, irritantes e mais uma série de coisas que nem vale a pena dizer foi um alívio ver a simpatia e calma do condutor da frente. Ainda há pessoas impecáveis... Agora os seguros...

5/05/2007

Hipermercados abertos ao Domingo



Porque é que precisamos de hipermercados abertos ao Domingo e feriados? Para passar o Domingo à tarde e feriados a fazer compras em vez de passear por aí, conhecer o país, fazer desporto ou simplesmente estar com a família? Não me parece que se deixe de comprar o que quer que seja só porque os hipermercados estão fechados aos Domingos à tarde e feriados. Mas o que mais me irrita nesta campanha (e não é pouco...) é o facto de, mais uma vez, quererem obrigar os trabalhadores a trabalhar ao Domingo. E não digam que só trabalha quem quer e quem não quer é porque não quer trabalhar, porque todos sabemos que maioria desses trabalhadores precisam desses empregos, já de si precários. (E sem qualquer compensação extra por isso, nem os feriados são pagos a dobrar...) O Domingo é, por tradição, seja ela de origem católica ou não, o dia do descanso. Não é este o dia para estar com a família? Ou para aproveitar de outra forma? Sempre achei que o capitalismo, no seu extremo, na sua pior forma acabaria por criar uma espécie de escravatura moderna e disfarçada e é a isso que estamos a assistir em favor do lucro de alguns. Querem os hipermercados abertos para que o povinho possa ter onde passear com a família barulhenta? (O que eu acho de uma pobreza de espírito inexplicável...) Não lhes bastam os shoppings com as lojas todas abertas? Ou os retail park sempre a abarrotar de pessoas a comprar bugigangas? Devem querer variar a paisagem.

Já bastam os empregos por turnos como os seguranças ou o pessoal dos hospitais... ou algumas fábricas. Veja-se o caso da Roca, fábrica espanhola com filial em Portugal e que emprega milhares de trabalhadores da zona de Leiria. Desde o ano passado passou a ter produção contínua em todos os sectores pelo que agora a parte dos trabalhadores que tinha os fins de semana livres deixou de ter. Além disso trabalham 6 dias seguidos e descansam dois, em folgas rotativas, sem terem fins de semana ou feriados. No caso dos muitos casais que trabalham na Roca os fins de semana nunca coincidem e dificilmente estão com os filhos ao fim de semana. Estes ou ficam sozinhos, ou ficam apenas com um dos pais. Há um medo, de alguma forma incutido, de que aconteça o que tem acontecido nas outras fábricas e de que se não se produzir cada vez mais esta seja deslocalizada.

Além destes temos ainda situações de pessoas que trabalhando para o Estado e tendo que trabalhar ao Domingo estão a recibos verdes, para não que não lhes seja paga a compensaçaõ devida por isso... Têm de facto um emprego, sim... recebem por ele, estão à mercê do chefe no que diz respeito a domingosm, feriados, horas extra... não têm férias, não têm subsídios e uma boa parte do seu ordenado vai para o Estado... para o qual trabalham. Que privilegiados que eles são...

Exiga a libertação dos trabalhadores ao Domingo. Liberte-os

5/04/2007

Letras....

A propósito do Iraque:


"...There's no such thing as a winnable warIt's a lie that we don't believe anymore..."

4/28/2007

Licenciatura de Sócrates...

Se no início desta discussão a ignorei completamente por me parecer irrelevante, cada vez mais me parece que alguém que tenha que provar que tirou uma licenciatura e que tenha tanta controvérsia à volta dos documentos dúbios que atestam essa licenciatura.. com certeza obteve-a de forma, no mínimo, obscura. Acho eu...

4/26/2007

Desabafo...

Quanto mais tempo trabalho no call center da Pt comunicações mais compreendo os fundamentos do comunismo.

4/22/2007

Eleições em França

Hoje, dia das eleições em França, estive finalmente a ver com atenção os programas dos dois principais candidatos.Parece-me inevitável a vitória de Sarkozy, apesar das promessas da sua rival serem bem mais apelativas. Mas porque é que não convencem (se eu não estiver enganada)?



Acho que uma das consequências do descontentamento é um eleitorado pessimista que vê além das promessas dos seus políticos, vê os efeitos, teme os efeitos e desconfia...Os eleitores tendem a favorecer o realismo dos programas. O candidato que diz: não vai ser fácil e vocês sabem disso, mas o resultado valerá a pena. Nem sempre isto é bom. É assim que nascem as ditaduras. Quando um país está disposto a aceitar promessas realistas e pessimistas dos seus políticos abre um caminho em que os políticos deixam de ter que fazer promessas, em que sabem que estão legitimados na apresentação de dificuldades ao seu povo, logo, um caminho em que deixam de ter que responder perante ele. Tornam-se ditadores. (Salazar salvou-nos da guerra mas não da fome.)



Mas hoje, em França não se pensa em ditaduras porque de facto não é isso que está em causa. Está em causa o fim da França dos privilégios, o fim da terra dos sonhos dos imigrantes e a consciência de que os franceses não se sentem seguros em França, de todos os pontos de vista. A bomba-relógio alimentada por milhares de excluídos está na iminência de rebentar numa guerrilha de bairro que depressa deixaria de o ser, guerrilha e de bairro.



Perante este cenário temos um Sarkozy que, claramente sabe, e sabe que os franceses sabem, que acabaram os privilégios e as facilidades, que a balança pendeu de mais e é necessário sacrifício. E sabe que nenhum comum eleitor fica indiferente à questão da segurança...A mão de ferro de Sarkozy pode esmagar, mas desde que segure os franceses na palma, será sempre bem vinda.



Sélogène Royal, por outro lado, fazendo jus à sua ideologia socialista, tenta fazer acreditar que o fim do bem-estar social se combate... com mais bem-estar social. Que acredita no aumento do salário mínimo nacional (apesar da perda de poder de compra , a França continua a ser dos países europeus com mais poder de compra), no aumento das pensões mais baixas, na diminuição dos impostos, na atribuição de subsídios de 300 euros mensais a estudantes necessitados, no serviço cívico voluntário como penalização, que acredita nos jurados do povo para avaliar o desempenho dos seus governantes....e que acredita que consegue tudo isto.





Sélogène Royal é a candidata que ao governar uma casa, como planeia governar a França diria aos seus filhos: "Sim, estamos mal de finanças, sim, vocês sentem-se inseguros, sim, a porta é constantemente arrombada por intrusos... Por isso, vamos aumentar a mesada de cada um, vamos diminuir a contribuição que dão para casa, vamos diminuir as vossas tarefas domésticas. Se se portarem mal vamos dar-vos ainda mais carinho e, podem ficar de castigo, fazendo as tarefas mais leves, mas só se quiserem. A porta ficará aberta, podem trazer quem quiserem para cá... se vos magoar será educado, ensinado e pode lavar a loiça como penalização, mas só se quiser... Será tratado como um filho e também terá uma mesada. No final de cada mês faremos uma reunião para voçês me dizerem se me tenho portado bem...."

4/21/2007

Campanha Novas Oportunidades

Não tendo particular simpatia pelo Bloco de Esquerda tenho que reconhecer a genialidade da ideia da contra campanha ao Programa Novas Oportunidades. Não sei bem em que altura é que o país passou de uma sobrevalorização de todos quantos tivessem um curso superior para a sua subvalorização. Bom, aqui fica o cartaz...

3/31/2007

Sabia que...

A ópera La traviata, de Verdi é inspirada no romance "A Dama das Camélias" de Alexandre Dumas Filho...

Alexandre Dumas Filho é filho (obviamente) de Alexandre Dumas Pai, autor de "O Conde de Monte Cristo"...

3/17/2007

Citações

"As pessoas menos interessantes para entrevistar para um jornal da tarde são aquelas que se pensaria terem mais probabilidades de ser interessantes, como os grandes industriais, os fabricantes de automóveis, os financeiros de Wall Street, os czares do petróleo e do aço, pessoas do género. (...) sentimos que seria preferível fazer batota, mentir, roubar, assaltar lojas ou ficar esticado morto de bêbado numa valeta do que acabar como um desses industriais com uma cara que mais parece uma tijela de papas frias. A seguir na lista vêm as senhoras da alta roda. Para mim pertencem à mesma categoria da figueira-do-inferno e do apêndice; não consigo vislumbrar a razão da sua existência."

do livro "Sou todo ouvidos" de Joseph Mitchel

3/09/2007

Lei anti-tabaco


Na edição de 08/03/2007 da revista Visão, Vasco Graça Moura diz, a propósito de "os novos sinais da jihad antitabaco" que "mostram que, em breve, também teremos interdições quanto ao vinho, o queijo, o rosbife, o sal e tudo o mais que o politicamente correcto venha a lembrar-se de decretar. Os fumadores têm de começar a organizar-se e a reagir energicamente proclamando os benefícios do tabaco."

Algumas observações:

- Parece-me bastante exagerado comparar os tímidos avanços da lei anti-tabaco a uma jihad. A grande alteração de não se poder fumar em locais fechados com menos de 100 metros quadrados não vai alterar grande coisa, uma vez que várias pessoas a fumarem durante um dia num local de maior dimensão provoca o mesmo cheiro desagradável e omnipresente a tabaco quando passamos a porta de entrada. Quando falo no cheiro refiro-me também a respirarmos esse fumo. Quanto à proibição de fumar em serviços de administração pública, unidades de saúde e escolas nem vale a pena comentar...

- Parece-me também que este senhor está equivocado na ideia de que a lógica da luta anti-tabaco se pode aplicar ao vinho, ao queijo, ao rosbife e ao sal... Porque, sinceramente, o facto de o senhor estar a comer queijo ou rosbife na mesa ao lado não me faz respirar ar nocivo, não me faz tossir, não me faz ficar com os olhos vermelhos nem me faz ficar com um cheiro estranho. Se ele tem direito a fumar, os outros têm direito a respirar ar limpo. Duvido que o hálito a vinho de alguém que expire à nossa frente faça tão mal como o fumo expirado à nossa frente.

- Se os fumadores se organizarem para proclamar os benefícios do tabaco e, mais, se forem tão longe que consigam convencer os não-fumadores a começar a fumar também devido aos tais benefícios, dou a mão à palmatória...

- Por último, espero que continue a haver fumadores e que comprem bastante tabaco porque de facto, vem daí uma grande receita para o estado. Do preço de mercado 80% vão para os cofres do estado. Sempre é menos dinheiro que vão tentar obter com outros impostos.

Castelo dos Mouros em Sintra

3/08/2007

Pro-actividade

Muito se tem falado na pro-actividade... Em tudo o que é recrutamento se fala na pro-actividade. Quer subir na carreira? Seja pro-activo... Precisamos de pessoas pro-activas...A produtividade depende da sua pro-actividade. Tenha uma personalidade pro-activa (o que é isso??!!) E as grandes empresas adoptam-na como a bandeira do sucesso da empresa... Venda mais, sendo pro-activo, dê lucro à empresa. E no que é que isso se traduz? Em massacre psicológico para o cliente...

Ligo para a Clix para resolver um problema com o serviço dial up e lá está a oferta do serviço todo, "...mas não quer banda larga? Sabe que faz parte de uma zona clix? Quer mesmo continuar a pagar uma assinatura?..." "Bom, o que eu queria mesmo era resolver o problema e poder desligar, se não se importam..."

Ligo para a PT para saber os dados MB para pagar a factura e lá vem o operador... "quer o serviço de débito directo? Cómodo, fácil e seguro? Ai não? Então e um plano de preços, quer? Também não? Quem sabe um dos nossos telefones sem fios?"

Vou ao continente, numa sexta-feira ao final da tarde, com o hipermercado a abarrotar e filas enormes na caixa e o senhor da caixa lá diz a todos os clientes que passam: "Tem o nosso cartão de cliente? Quer aderir ao nosso cartão? Sabe as vantagens de que pode usufruir com o nosso cartão de cliente?" e 7 pessoas furiosas na fila... a ouvir aquilo cada vez que alguém avança... sabendo que quando chegar a nossa vez também irão perguntar. Digo-lhe logo, de forma simpática, que não tenho cartão e não quero cartão.

Estas entre tantas outras situações...

Mas será que os consumidores não são pessoas inteligentes? Será tão difícil acreditar que na era da publicidade os consumidores não estejam informados, nem que seja à força, pelo que têm que nos massacrar com estas sugestões? É assim tão difícil acreditar que um bom serviço é rápido e objectivo, e não um serviço em que nos chateiam com produtos que estamos fartos de ver em spots publicitários, televisivos, radiofónicos, em cartazes, etc, etc...

Tenho uma vaga ideia de este tipo de marketing ter sido ultrapassado nos anos 90, depois de ter sido explorado ao máximo pelo mundo empresarial dos EUA. Nós, consumidores, devíamos ser pro-activos em pedir, desde logo, à pessoa do outro lado, que não seja pro-activa. Talvez as empresas mudem de estratégia.

3/06/2007

Crónicas de Domingo

Passa um carro lá fora, hesita... depois avança. Outro, de seguida, desta vez em sentido contrário, como quase todos os que aqui passam. É mais fácil, não havendo polícia e com pouco trânsito. A chuva continua, desenfreada, a bater numa rua que não consegue acordar. Há muito que está morta. E as lágrimas de chuva furiosas de saudade insistem em bater. Há tanto tempo. Será que não sabe que sempre esteve morta? Um quase visitante entra (quem visita museus ao domingo de manhã?). Vai directo à entrada. "Pode abrir isto para eu ver a exposição?" "Claro, mas é necessário tirar bilhete..." "Ah, então não, obrigada. Porque é que é preciso pagar?" "Para sustentar o funcionamento do museu..." O óbvio fica no ar. É assim este país... O outro ontem chegou e disse que podia entrar de graça... porque era não-sei-quem e amigo de não-sei-quem. E pensamos... quem diz se pode somos nós, e não, não pode...É assim o comportamento deste país. Os ricos com a certeza que não têm que pagar e os pobres com a certeza que têm sempre que pagar. Os pensamentos voam novamente, a injustiça, o desânimo... Como a rua que está morta há tanto tempo e a chuva que não sabe.

3/01/2007

A ver...





Um bom filme. Simples. Sobre as montanhas russas do amor... e o chão firme do amor.

Autarca arguido

Uma das expressões censuradas durante o Estado Novo, na imprensa, era "autarca arguido". É curioso ver que agora, como diz muito bem o Ricardo Araújo Pereira na sua crónica "Boca do Inferno" numa das últimas edições da Visão, "autarca arguido" é quase um pleonasmo. Parece que depois de tanto tempo reprimida, a expressão ganhou vida e resolveu desatar a aparecer a torto e a direito nos jornais para vingar todos aqueles anos em que andou escondida...

2/23/2007

Djibuti





Para terem uma ideia da dimensão, tem cerca de um terço da área de Portugal.

Afar

Afar é o idioma falado pelo povo Afar, espalhado pela Etiópia, Eritreia, Djibuti e Somália (países situados no corno de África.


Algumas palavras:

abrir - fak

animal - aa'la

asno - okali

carregar o camelo - e-rr - *P

conspirar - Alaw

coração - af? `Adoo

frio - d/abah!ow -

verão - h!aagay -

Mais palavras Afar num post futuro....

2/21/2007

Select Recursos Humanos

Colegas da PT, vejam esta entrevista que encontrei no site da superemprego a Sónia Silva, chefe do departamento de RH da Select.

Sobre os colaboradores da Select ( e não são os que trabalham para a select, mas sim que recrutam para outras empresas, principalmente os call-centers, que são a sua área de especialidade) :

SE: Que tipo de benefícios / regalias a SELECT proporciona aos seus colaboradores?

SS: Para uma empresa em que "as pessoas estão sempre em primeiro lugar", consideramos que devemos conservar os melhores colaboradores através de condições de remuneração e regalias sociais ajustadas ao desempenho individual.

SE: O que considera que as empresas devem fazer para motivar os seus colaboradores, de forma a que os mesmos não procurem outras oportunidades?

SS:Tentar manter um equilíbrio na relação, isto é, oferecer funções com conteúdo estimulante e potencial de desenvolvimento, com autonomia de decisão e objectivos claros, e uma remuneração e um pacote de benefícios de acordo com o valor das suas competências.




Avarias

E pronto... depois de um dia de aniversário em cheio e de uma noite de carnaval em cheio descobri, no dia a seguir, enquanto vinha para coimbra, que a escrita inteligente do meu telemóvel (nokia) não reconhece a palavra avariou ..... ao tentar escrever avariou, ele apenas assume avarint. Ou seja, não "papá, vem ter comigo, o meu carro avariou" mas sim "papá, vem ter comigo, o meu carro avarint"....

2/17/2007

Piada Seca

O último homem na face da terra entra num bar. Olha o balcão, senta-se e diz:

-Bebida.... traz-me um empregado....



........


Um homem nu com um pato na cabeça entra num bar. Diz o empregado:

-Carl!!! O que te aconteceu?

O pato abana a cabeça e diz:

-Harris... nem vais acreditar no que me aconteceu..

Enxaqueca

O problema da enxaqueca é a forma como volta sempre que pensámos que estamos livres. É um engano, é preciso estar atento a forma de alívio que temos quando estamos sem enxaqueca. Por vezes sinto as ameaças, os primeiros sinais e tento aniquilá-los imediatamente com comprimidos... com alguns, e em dose dupla, as dores de facto diminuem e fingem que não estão lá. Silenciam-se.... Parece que passou, mas o alívio é só temporário e eu sei que o é. Porque a dor não está lá, mas o peso está.... o animal alojado no lado esquerdo do meu cérebro está adormecido mas inspira e expira nervosamente e esses movimentos são o suficiente para me lembrar. No dia seguinte quando acordo a enxaqueca está de novo lá, a ameaçar, tomo os comprimidos, fica adormecida. E no dia seguinte, o mesmo, e no outro...
Até que não tomo os comprimidos e me deixo levar pela dor do lado esquerdo que me destrói as capacidades, que se estende a todos os pontos da minha cabeça, que me tira a luz, o apetite, o raciocínio, a vontade... e passo a crise. Vou ao fundo da dor e algures nas horas próximas, ou dia... começo a renascer da dor. E só depois disso sinto o verdadeiro alívio, que não deixando de ser temporário, parece permanente e me acorda. O peso desaparece e o animal está de facto a hibernar.. até à próxima

2/16/2007

Vidas passadas

E o que diz a análise à minha vida passada?

Your past life diagnosis:
I don't know how you feel about it, but you were female in your last earthly incarnation.You were born somewhere in the territory of modern Central India around the year 1675. Your profession was that of a leader, major or captain.
Your brief psychological profile in your past life:Timid, constrained, quiet person. You had creative talents, which waited until this life to be liberated. Sometimes your environment considered you strange.
The lesson that your last past life brought to your present incarnation:Your main task is to make the world more beautiful. Physical and spiritual deserts are just waiting for your touch. Keep smiling!
Do you remember now?


NO, I DON'T.

2/13/2007

Breves

Às vezes penso em todos os grandes erros que fiz e como seria se não... Depois, num raro momento, ponho a música mais alto, e mais alto até deixar de ouvir os meus pensamentos. É a única situação em que ouço música alto.

2/07/2007

Promoção Portugal

Depois de apelar ao investimento chinês em Portugal exaltando a forte capacidade dos portugueses de serem explorados e nem ripostarem muito por isso, o Ministro da Economia, Manuel Pinho, já promoveu, junto da Europa do Norte, todas as vantagens do turismo em Portugal. Manuel Pinho salientou que, passsando férias em Portugal, os turistas nórdicos terão a oportunidade única de atirar lixo para o chão, quando e onde quiserem sem qualquer recriminação e sem serem vistos como uns "porcos". O ministro foi ainda mais longe ao promover o nosso país divulgando junto de vários políticos estrangeiros corruptos as vantagens de se ser corrupto em Portugal. Segundo o ministro: "há um vasto leque de oportunidades de corrupção, contando ainda com o bónus do apoio do povo e uma justiça bastante lenta". O ministro acrescentou, no final, que já deixámos a Europa para trás e continuamos a subir, prestes a atingir os níveis de países como o Brasil e, quiçá, alguns países africanos.

1/24/2007

Fechem os carros

A semana passada assisti a uma situação caricata. Às seis da tarde descia de carro a rua paralela aos arcos (rua que vai desde Universidade até à Rotunda do Papa) quando reparei que do lado esquerdo, onde estão os carros estacionados, estava um rapaz a tentar abrir as portas de todos os carros enquanto ia passando, descontraidamente, sem dar nas vistas (até porque demorei algum tempo a perceber o que é que ele estava a fazer quando abrandava ao pé das portas). Pois é, a oportunidade faz o ladrão. Fechem os carros.

1/19/2007

Referendo

"Os cristãos que vão votar 'sim' no referendo serão alvo de excomunhão automática, a mais pesada das censuras eclesiásticas",
"Se um católico aceitar a liberalização do aborto incorre na censura da excomunhão e não poderá ser reintegrado na comunidade cristã sem intervenção do bispo",
"Se votar no 'sim' ou se se abstiver, poderá estar também a cometer um pecado mortal gravíssimo. No referendo até as irmãs vão sair dos conventos porque senão também incorrem num pecado de omissão",


Por: Cónego Tarcísio Alves, pároco há cinco anos em Castelo de Vide

O fanatismo é a base da intolerância, que é, por sua vez, um dos trampolins para a crueldade, que, por sua vez, deveria ser o contrário de religião.
Não sejamos fanáticos. O voto pode ser baseado em valores ou em argumentos (ou nos dois, nos casos em que se conciliam) mas nunca na opressão ou no medo, muito menos no medo da condenação eterna.

1/12/2007

........

E os sinos tocaram incessantemente durante cinco minutos e durante cinco minutos só esse som metálico e cortante encheu a cidade vazia e molhada. Era Domingo de Manhã.


Coimbra, 7 de Janeiro de 2007